Apesar das adversidades do mercado, que limitam a realização e a divulgação da produção musical mineira, Tânia sempre preferiu trabalhar com produtos culturais mais elaborados, que justifiquem sua formação acadêmica ou sejam de alguma forma compatíveis com seu espírito.
Sendo assim, em 1997, ela uniu forças com um time de ótimos instrumentistas (Sérgio Paolucci nos teclados, Carlos Linhares no baixo, Luciano Soares na guitarra e Nelson Rosa na bateria) e, como a vocalista e uma das compositoras do grupo, formou a Banda Arion para se aventurar pelos caminhos do rock progressivo sinfônico.
O grupo lançou seu primeiro CD pelo selo paulista Progressive Rock Worldwide que o distribuiu no Japão e na Europa, obtendo êxito e inúmeros elogios por parte da crítica especializada. No Brasil, Tânia foi eleita a melhor cantora de rock progressivo de 2001 pelo site www.rockprogressivo.com.br (o mais tradicional e visitado site desse gênero no país). O CD também foi premiado nas categorias de melhor lançamento, revelação, melhor encarte, melhor baixista, melhor baterista, 2º. melhor tecladista, 2º. melhor guitarrista. Em 2005, assinou um novo contrato com validade de 3 anos com a distribuidora Rock Symphony, selo carioca associado a Musea e dirigido por Leonardo Nahoum.
Nas poucas vezes em que se apresentou, o Arion sempre arrebatou o público com a força de seu trabalho autoral inédito. Por duas vezes, tocou no tradicional evento cultural “Camping-rock” em BH e participou também de alguns festivais internacionais, como o Minasprog de Cataguases, abrindo os shows de respeitadas bandas no meio progressivo, tais como o “Quidan” da Polônia e o “Xang” do Chile.
Fotógrafo: Ivan Chagas
Em 12 de novembro de 2002, no grande palco do Minascentro em Belo Horizonte, o Arion realizou o show de abertura do concerto da consagrada “Banda Focus” da Holanda. O evento foi um sucesso absoluto, documentado pelo programa “Especial Rede Minas” da TV Minas – a gravação ao vivo foi exibida e reprisada diversas vezes pela emissora. A platéia, que em boa parte ainda não conhecia o Arion, ao final do show aplaudiu a banda entusiasmadamente de pé. Logo em seguida, o FOCUS, como não podia deixar de ser, embalou os fãs com seus sucessos inesquecíveis e algumas canções inéditas, que fizeram o público viajar de volta ao glamour e beleza do rock progressivo dos anos 70.
Fotógrafo: Tião Júnior
Enquanto o Arion enfrentava problemas operacionais, inclusive o da distância geográfica que separa seus integrantes, Tânia Braz dava prosseguimento a seus projetos solo.
Em 2003, ela foi convidada por Guilherme Castro, líder da Banda Somba, para interpretar sua composição “Fenceless”, a elogiada 11ª faixa do primeiro CD desse grupo de rock experimental de Belo Horizonte. Logo em seguida, ela participou de dois shows no Grande Teatro do Palácio das Artes em Belo Horizonte com a Orquestra Mineira de Rock, integrada pelas bandas Cartoon, Cálix e o próprio Somba.
Na mesma época, Tânia Braz realizou um show de abertura para o grupo Cálix, na Casa do Conde em BH acompanhada de sua própria banda recém formada. Nesse novo trabalho solo New MPB, Tânia transitava numa tangente ao rock progressivo, atraindo um público diferenciado, muito eclético e antenado. Três dos integrantes dessa banda pertencem também ao grupo Mantra (tradicional grupo de progressivo de BH). São eles: Hugo Bizzotto (Teclados), Igor Ribeiro (Baixo) e Leo Dias (Bateria). Na guitarra, a banda contou com Ralfe Rodrigues, músico autodidata da cidade de Sabará, também violonista e compositor especializado em música barroca. Vinícius Üde e Waldir Cunha revezavam com Igor no baixo e Bö Hubert com Leo na bateria. Eros Fresique (percussão), Clauber Silva (bateria), Fernando Rodrigues (guitarra) e Nilson Novais (teclados) também participaram dessa banda na montagem do projeto.
Clipping:
“Arion – a Bola da Vez”
Crítica do Cd Revista Roadie Crew
Crítica do Cd WebZine Rock Connection